quarta-feira, 17 de junho de 2009

A mentira faz Tocaia


Lembrei-me que no vestibular houve uma discussão sobre linguagem politicamente correta, coisa que veio me incomodar muito tempo depois na faculdade. Lendo alguns artigos e vendo alguns documentários expostos pelos professores, veio-me à cabeça o porquê de na escola ou na vida não se vê discutir sobre a mídia politicamente correta.
Pensando sobre o que é política, é simples pensar que política é o bem comum. O complicado é porque quando ouvimos essa palavra não é isso que nos vem à cabeça e porque essa palavra foi esquecida dentro dos grandes meios.
Os grandes jornais e televisões no nosso país falam o tempo todo de política e como anda a política no Brasil, mas é claro que nunca houve abertura pra se expor a política desses meios, não dá pra saber se o que foi publicado ou reportado é verdade, quem garante que aquilo não foi manipulado, editado ou idealizado?
A imparcialidade morreu e faz muito tempo, não generalizo todo o projeto jornalístico porque é claro, e acredito que existam muitos jornalistas por esse Brasil a fora que acreditam no jornalismo de verdade, podem não mudar o sistema, mas pelo menos podem e fazem a sua parte.
A mentira está dentro das grandes mídias de massa há muito tempo, todo mundo sabe que a Globo entrona e destrona qualquer líder nesse país ou mascara qualquer erro ou sujeira que acontece lá dentro. Não espero revolta e nem que me taxem de superficial, meu objetivo aqui é simples e claro, subverter, voltar a atenção para a crítica. Não quero que acredite ou simplesmente desacredite, tudo que quero é que critique, desconfie, e olhe com atenção tudo que for publicado ou televisionado, para que você crie sua própria opinião e não seja mais um ratinho manipulado, dá sim pra tirar coisas boas disso tudo.
Só pra concluir queria que cada um que já se iludiu ou se alienou sobre notícias que são publicadas e televisionadas sobre o governo de Hugo Chavez na Venezuela assitam o documentário "The Revolution will not be Televised" dos irlandeses Kim Bartley e Donnacha O'Brian, o documentário expõem algumas "verdades" sobre o que aconteceu na Venezuela e sobre a Mídia privada deste país. Não digo o que é verdade e o que é mentira, deixo no ar que você tire suas próprias conclusões.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Subverta-se

Ainda não sei qual será o intuito deste blog. Mas antes pretendo colocar em discussão certo "alicerces" que ajudarão a você - leitor que um dia existirá - a refletir.

Significação para alicerce: Segundo o Michaelis é:
a.li.cer.ce
sm (ár al-'isâs) 1 Maciço de alvenaria que serve de base às paredes de um edifício. 2 Escavação, para assentar a parede. 3 Base, fundamento. 4 Raiz.

Portanto, colocar em questão os fundamentos - como diz o próprio trecho acima - desta sociedade monótona é colocar em você um "subverta-se".

Primeiro alicerce:
Dentro de qualquer instituição haverá sempre aquele que buscará nas regras uma salvação. Sempre no trabalho tem aquele que puxa o saco do chefe. Um exemplo bárbaro é dentro de qualquer religião. Ou qual crente que, quando questionado, apela para a "baixa moral".
Nunca esqueça que para subverter é preciso pular obstáculos que muitas vezes será maior que você.

Segundo alicerce:
Sempre quando você subverter haverá dois modos deles te punirem.
"O presidente da fábula acima empregou o 'terapêutico', ou seja, fez ver ao membro dissidente que sua visão era equivocada, falsa, doentia, fazendo-o então voltar a ver a realidade de maneira correta, quer dizer, da maneira prescrita pela instituição e seu universo simbólico". (O que é realidade - João Francisco Duarte Júnior)

Essa explanação acima explica o termo "terapêutico" que o autor do livro "o que é realidade" expõe no capítulo "A manutenção da realidade". Lembrando que só pode ser terapêutico se o indivíduo for dissidente.
O modo terapêutico seria então manter os indivíduos dentro do universo simbólico.

O segundo é chamado de aniquilação. Ocorre de uma pessoa de outro universo simbólico, ou seja, de uma realidade totalmente diferente (a realidade de um pescador que fica embaixo da ponte todo dia esperando fisgar um peixe é totalmente diferente daquele que passa todo dia pela ponte e não presta atenção no rio). O embate de dois universos simbólicos é mais agudo e mais prejudicial. Pois, quando um universo se choca com o outro - até então, eles estavam sendo considerados pelos seus habitantes como o real, o legítimo - porém, quando debatidos de frente, um com o outro, essa realidade pode ser mudada drasticamente.

A aniquilação é dividida em duas partes:
A ignorância, quando os 'donos' da realidade se juntam para difamar o repudiado, ou seja, procuram demonstrar o quando suas idéias são atrasadas, ignorantes ou degeneradas. Impossíveis de serem levadas a sério.

O outro é o processo de explicação de que tudo já estava pensado. Que o que você disse já estava na cabeça deles e que eles já iriam mudar. Ou seja, originalizar a idéia.

O que tentarei ao longo deste blog, que tenho como parceiro Pedro Inácio - futuro jornalista - é mostrar para vocês que neste sistema que vocês vivem. O que você cheira, sente, ouve, palpa é resultado de um conjunto de instituições estipuladas desde pequeno em sua cabeça.


Mais informações:
Leia o livro “O que é realidade" da coleção primeiros passos. Editora: Brasiliense